Vista das coberturas valorizam apartamento em 25% na Baixada Santista

O preço de uma cobertura para apartamentos em andares mais baixos pode ser 25% maior. Nos pavimentos próximos ao terraço, a valorização do imóvel pode chegar a até 20%. Essa estimativa foi fornecida pelo engenheiro civil e diretor da construtora Engeplus, Roberto Barroso Filho.
Segundo ele, esse aumento no valor está relacionado à soma do preço inicial do imóvel com o que as pessoas estão dispostas a pagar para desfrutar de uma vista desobstruída da cidade, sem prédios que atrapalhem a visão.

Apesar do preço elevado, o engenheiro civil assegura que esses apartamentos são os mais procurados e os primeiros a serem vendidos quando um novo empreendimento oferece suas unidades.

No entanto, os custos podem ser bastante altos. De acordo com Sthefano Lopes, Diretor Comercial da R3 Real Estate, a cobertura mais cara em Santos custa em torno de R$ 19 milhões. Ele destaca que, mesmo com o preço elevado, esse tipo de apartamento tem sido mais vendido após a pandemia, principalmente porque as famílias valorizam um espaço externo privativo.

Quanto à altura dos prédios, Barroso revela que a prefeitura não impõe limites em termos de altura, mas é necessário respeitar os recuos entre as construções para garantir a circulação do ar. No entanto, devido à falta de espaços disponíveis no município, atualmente é difícil construir grandes prédios. “Para isso, é preciso adquirir muitos terrenos”, afirma ele.

O principal fator limitante, de acordo com o diretor da Engeplus, são as normas do Comando da Aeronáutica (COMAER), que autoriza a construção de edifícios de até 40 metros na cidade, para garantir um cone de aproximação de aeronaves para o aeroporto localizado em Guarujá.

Na Baixada Santista, o edifício mais alto está localizado em Praia Grande, as duas torres do Jardim do Mar têm 150 metros de altura. Em Santos, o Hellbor Offices São Vicente é o empreendimento mais alto, com 144 metros.